segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Crise de 1929

Crise de 1929
No início do século XX, os Estados Unidos viviam o seu período de prosperidade e de pleno desenvolvimento, até que a partir de 1925, apesar de toda a euforia, a economia norte-americana começou a passa por sérias dificuldades. Podemos identificar dois motivos que acarretaram a crise:
- O aumento da produção não acompanhou o aumento dos salários. Além de a mecanização ter gerado muito desemprego.
- A recuperação dos países europeus, logo após a 1ª Guerra Mundial. Esses eram potenciais compradores dos Estados Unidos, porém reduziram isso drasticamente devido à recuperação de suas econômicas.
Diante da contínua produção, gerada pela euforia norte-americana, e a falta de consumidores, houve uma crise de superprodução. Os agricultores, para armazenar os cereais, pegavam empréstimos, e logo após, perdiam suas terras. As indústrias foram forçadas a diminuir a sua produção e demitir funcionários, agravando mais ainda a crise.
A crise naturalmente chegou ao mercado de ações. Os preços dos papéis na Bolsa de Nova York, um dos maiores centros capitalistas da época, despencaram, ocasionando o crash (quebra). Com isso, milhares de bancos, indústrias e empresas rurais foram à falência e pelo menos 12 milhões de norte-americanos perderam o emprego.
Abalados pela crise, os Estados Unidos reduziram a compra de produtos estrangeiros e suspenderam os empréstimos a outros países, ocasionando uma crise mundial. Um exemplo disso é o Brasil, que tinha os Estados Unidos como principal comprador de café. Com a crise, o preço do café despencou e houve uma superprodução, gerando milhares de desempregados no Brasil.
Para solucionar a crise, o eleito presidente Franklin Roosevelt, propôs mudar a política de intervenção americana. Se antes, o Estado não interferia na economia, deixando tudo agir conforme o mercado, agora passaria a intervir fortemente. O resultado disso foi a criação de grandes obras de infra-estrutura, salário-desemprego e assistência aos trabalhadores, concessão de empréstimos, etc. Com isso, os Estados Unidos conseguiram retomar seu crescimento econômico, de forma gradual, tentando esquecer a crise que abalou o mundo. 
Fonte: www.historiadomundo.com.
 

GABARITO DAS QUESTÕES - REVOLUÇÃO RUSSA

Revolução Russa - Gabarito

1. Alternativa correta: A

2. Alternativa correta: A

3.
a) A resposta pode utilizar dois argumentos: primeiro, o ideário marxista pregava a união de todos os povos e a Guerra era considerada uma disputa capitalista; segundo, a retirada das tropas soviéticas da Primeira Guerra Mundial foi uma das promessas dos bolcheviques durante o processo revolucionário;
b) A medida significava um inimigo a menos para a Alemanha combater.

4. Alternativa correta: B

5. Alternativa correta: E

6. Você deve perceber que a idéia de “todo poder aos sovietes” – ou seja, o ideal de igualdade, ele ausência de diferença de classes estava sendo contrariada pelos privilégios adquiridos pelos dirigentes comunistas.

7.
a) Trata-se de um exercício de leitura e transcri-ção; "para Trotsky, tratava-se de defender a revo-lução permanente; para Stalin, tratava-se de de-fender o Socialismo em um só país";
b) Você deve entender que a História, freqüen-temente, é reescrita para justificar os que estão no poder. Além disso, Stalin tinha a necessidade de apagar a memória de Trotsky, para que esta não se tornasse uma ameaça ao seu poder


domingo, 29 de agosto de 2010

Para fixar o conhecimento...

Atividade Proposta - Revolução Russa

Revolução Russa
1. (Puccamp-SP) A Revolução Russa de 1917 marcou o início de uma nova era na história da sociedade, à medida que se constituiu:
a)em um desafio concreto à ordem burguesa e capitalista;
b)em alternativa para superar a ação das multi-nacionais;
c)na mistificação política da ditadura dos parti-dos;
d)em uma aliança bem sucedida entre a burguesia e o proletariado;
e)na primeira experiência de um regime político autocrático.

2. (UERJ - Modificada) A Revolução Russa de 1917 continua a ser alvo de intensas discussões que polarizam as opiniões: de um lado, uma etapa decisiva na libertação da sociedade russa; de outro, uma conjuntura denunciada como um período de crimes e de desastre. Vista por qualquer um dos prismas, a Revolução de 1917 teve significado mundial, embora as suas raízes devam ser buscadas em condições especifica-mente russas.

Dentre essas condições que desencadearam o processo de Revolução Russa, pode-se destacar:
a)a autocracia czarista, que convivia com uma economia rural estagnada e um campesinato faminto;
b)o fim da servidão, que possibilitou o progresso agrícola e o acesso à terra de grande parcela do campesinato;
c)a mobilidade das classes sociais, que garantiu a ascensão de inúmeros trabalhadores fabris e pequenos proprietários;
d)o papel fundamental de uma burguesia indus-trial e financeira, que estimulou o desenvolvi-mento de uma indústria de base.

3. (Vunesp) Imediatamente após a sua ascensão ao poder, Lênin disse: "Este governo declara sole-nemente sua disposição de concluir imediatamente a paz (...) igualmente justa para todas as nações e nacionalidades, sem exceção".
Em março de 1918, foi assinado o armistício de Brest-Litovsky e os soviéticos saíram da Primeira Guerra Mundial.
a) Justifique por que a assinatura do armistício de Brest-Litovsky foi um ato coerente com a política externa do governo bolchevista.

4. (PUC-SP) “O Governo Provisório foi deposto; a maioria de seus membros está presa. O poder soviético proporá uma paz democrática imediata a todas as nações. Ele procederá a entrega aos comitês camponeses dos bens dos grandes proprietários, da Coroa e da Igreja (...). Ele estabelecerá o controle operário sobre a produção, garantirá a convocação da Assembléia Constituinte (...). O Congresso decide que o e-xercício de todo o poder nas províncias é transferido para os sovietes dos deputados, operários, camponeses e soldados, que terão de assegurar uma disciplina revolucionária perfeita.” (Declaração do Congresso dos Sovietes, novembro de 1917. In: M. Ferro. A Revolução Russa de 197 7. São Paulo, Perspectiva, 1974, p. 126.)

“Sem a participação das forças locais, sem uma organização a partir de baixo dos camponeses e operários, por si mesmos, é impossível construir uma nova vida. Poderia responder-me que os sovietes serviram precisamente para esta função de criar uma organização a partir de baixo. Mas a Rússia hoje é uma República Soviética só no no-me. (...) No momento atual, são os comitês do partido e não os sovietes que governam a Rússia. E sua organização padece de todos os defeitos da organização burocrática." (P. Kropotkin, “Carta a Lênin”, 4 de março de 1920. In: M. Tragtenberg (org.), Kropotkin. Textos escolhidos. Porto Alegre, LPM, p. 179.)

Após a leitura dos dois fragmentos, relativos à Revolução Russa de 1917, considere as afirma-ções abaixo:

I - No primeiro fragmento, o mencionado Governo Provisório é o governo czarista, vigente na Rússia antes da Revolução de 1917 e derrubado por esta.
II – A paz democrática proposta a todas as nações, mencionada no primeiro fragmento, refere-se à suspensão da participação russa na Primeira Guerra Mundial.
III -O segundo fragmento, escrito dois anos e meio após o primeiro, concorda com a idéia, expressa no primeiro fragmento, de que o poder deve ficar nas mãos dos sovietes.
IV -O segundo fragmento discorda do primeiro, ao afirmar que o poder deve ficar com os comitês do partido, e não com os sovietes.
V – O segundo fragmento concorda com a idéia, indicada no primeiro fragmento, de atribuir todo o poder aos sovietes, mas afirma que isso não ocorreu ainda.

Indique quais das afirmações acima são corretas:
a)I, II e V.
b)II, III e V.
c)I, III e I V.
d)III, I V e V.
e)I, II e IV.

5. (UFMG) Leia o texto.

“É indubitável que a teoria universal do triunfo simultâneo da revolução nos principais países da Europa, a teoria da impossibilidade de vitória do Socialismo em um só país, resultou em uma teoria artificial, uma teoria não viável. A história de sete anos de revolução proletária na Rússia não fala a favor mas contra essa teoria." (Citado por Fernando Claudin. La crisis del movimiento comunista.)

Esse texto diz respeito ao conflito de idéias en-tre:
a)Lênin e Marx;
b)Marx e Bukarin;
c)Marx e Engels;
d)Stalin e Lênin;
e)Stalin e Trotsky.

6. (Fuvest-SP) “Tinha razão o camponês que declarou no VIII Congresso dos Sovietes: tudo vai bem. Mas, se a terra é para nós, o pão é para vocês, isto é, para os comissários; a água é para nós, mas o peixe é para vocês; as florestas são para nós, mas a madeira é para vocês." ("Izves-tia” de Kronstadt, 25/3/1921. Citado In: Henri Arvon. A revolta de Kronstadt.)

Em que sentido essa denúncia chocava-se com o projeto bolchevique de todo poder aos sovietes?

7. (Unicamp-SP) Em 1924, após a morte de Lênin, dois dos mais destacados dirigentes do Partido Bolchevique se opuseram: para Trotsky, tratava-se de defender a revolução permanente; para Stalin, tratava-se de defender o socialismo em um só país. Stalin venceu essa disputa e, a partir de então, a figura de Trotsky foi sendo progressivamente retirada dos documentos soviéticos.

A partir da leitura do texto:
a)transcreva o trecho que explica a divergência entre Trotsky e Stalin;
b)explique por que o stalinismo precisou varrer a imagem de Trotsky da história soviética.

Revolução Russa

Não esperem um resumo pronto no blog. Vocês devem elaborar um texto para o estudo. Destaco algumas observações importantes, mas vocês precisam ler, comparar, questionar, com base no roteiro de estudos. Utilizem também o livro didático e as anotações do caderno. Meu objetivo não é facilitar a vida de vocês e sim incentivar e promover a leitura, a pesquisa e a rotina de estudos.

É preciso sonhar, mas com a condição de crer em nosso sonho, de observar com atenção a vida real, de confrontar a observação com nosso sonho, de realizar escrupulosamente nossas fantasias. Sonhos, acredite neles. (Lênin)
A REVOLUÇÃO RUSSA SIGNIFICOU BASICAMENTE:o estabelecimento de um governo com participação dos trabalhadores;

a transição do capitalismo para o socialismo;

a tentativa de estabelecer um sociedade igualitária e mais justa;

a tentativa de pôr em prática as idéias marxistas.


A crise na Rússia agravou-se após a guerra com o Japão em 1904. As tropas russas foram humilhantemente derrotadas, e isso despertou entre os trabalhadores e os capitalistas esperanças de que o regime do czar estivesse no fim. Os custos da guerra recaiam nos ombros dos trabalhadores e camponeses, que aumentavam sua oposição ao governo.


A Rússia czarista era um clássico exemplo de desenvolvimento desigual e combinado. Sobre uma enorme e estagnada economia rural subdesenvolvida foi organizado um governo repressor, junto com um exército enorme e relativamente moderno. O capitalismo moderno da Europa Ocidental invadiu a Rússia através de empréstimos de capitais, e pela implantação de grandes indústrias em São Petersburgo e em outras grandes cidades. Mas o sistema capitalista russo era muito frágil e se mesclavam com os latifúndios que representavam a sociedade feudal predominante na Rússia. Por causa da chegada tardia do capitalismo na Rússia, a classe capitalista russa era pouco expressiva.
Em 1905, após numerosas greves de trabalhadores, aconteceu a marcha de 9 de Janeiro, uma manifestação pacífica que incluía ícones e bandeiras religiosas. O "Domingo Sangrento" foi um massacre: soldados atirando na multidão a curta distância durante boa parte do dia. Mais de mil pessoas foram mortas naquele dia. Algumas fontes dizem centenas de mortos, outras, 2 mil e muitas outras foram feridas.
Este grande evento estabeleceu a linha divisória para a revolução, entre a classe trabalhadora e o regime czarista. Depois do 9 de janeiro, foi estabelecido um regime militar, com o general Trepov liderando a repressão. Mas os trabalhadores também se puseram em movimento, com as greves de janeiro e fevereiro se espalhando por 122 cidades e vilas. As greves continuaram durante a primavera, como a dos ferroviários em Abril e Julho. Em Junho, a rebelião do famoso encouraçado Potemkin despertou enormes esperanças antes de ser esmagada pelas forcas do Estado.
Ao eclodir a Primeira Guerra Mundial, em 1914, a Rússia fazia parte de um Império que se expandira sob o domínio dos czares, abarcando várias nacionalidades de partes do leste e do oeste europeu (Armênia, Azerbaidjão, Belarus, Eslovênia, Estônia, Geórgia, Letônia, Lituânia e Ucrânia) e do centro-oeste asiático(Cazaquistão, Quirquistão, Tadjiquistão, Turcomenistão e Uzbequistão).
Aliada dos britânicos e franceses contra a Alemanha e Áustria-Hungria, o imenso Império ao mesmo tempo que sofria numerosas derrotas de suas tropas mal-equipadas, atravessava internamente uma situação de enorme gravidade: inflação incontrolável, desemprego, falta de alimentos. No início de 1917, o povo russo, já não suportando mais a situação, faz estourar motins imediatamente nas cidades, nos campos e nas frentes de batalha.

O czar, ao pensar que iria se livrar da situação, como em 1905, foi derrubado do trono em 1917, mais precisamente no mês de março. Era o primeiro passo da revolução. Subiu ao poder a burguesia, setor mais liberal, com apoio dos mencheviques, mas não eram defensores do povo. Formou-se um governo provisório, constituído sob a chefia do Príncipe Georg Lvov e Alexandre Kerenski, como Ministro da Guerra, ocasionando a prisão e posterior abdicação do czar Nicolau II.

O novo governo insistia em manter a Rússia na guerra, mesmo sendo derrotada, e não pensava em fazer reformas agrárias.
Lênin, líder bolchevique do Partido Operário Social-Democrata Russo (POSDR), exilado na Suíça, retornou ao seu país, lançando as famosas "Teses de Abril", programa político que propunha saída imediata da guerra, formação de uma República sob o comando dos sovietes, nacionalização dos bancos e da propriedade privada. Diante da insistência do Governo Provisório de dar continuidade à guerra, promovendo uma ofensiva à Áustria-Hungria, e das manifestações populares, os principais líderes burgueses são eliminados, assumindo Alexandre Kerenski o posto de Primeiro-Ministro.
Os líderes Lênin e Trotsky organizavam novas maneiras de tomar o poder. O partido bolchevista tornava-se cada vez mais popular, pois suas propostas incluíam tirar a Rússia imediatamente da guerra, realizar uma reforma agrária, promover a distribuição de alimentos (Paz, Pão e Terra) e implantar o socialismo. O governo de Kerensky não conseguia se firmar, e aos poucos foi abandonado, mesmo pelos seus mais fiéis seguidores.

Trotsky organizou os preparativos militares (a Guarda Vermelha) para a tomada do poder, enquanto Lênin se preocupou com os aspectos da organização revolucionária.

No dia 7 de novembro (outubro) os trabalhadores, marinheiros e soldados da cidade de Petrogrado tomaram os órgãos do governo. Kerenshy conseguiu fugir. Era necessário que se formasse um órgão que substituísse o antigo governo e atendesse as idéias da maioria. Então por inspiração de Lênin, forma-se o Conselho dos Comissários do Povo, que adota medidas rígidas para defender os interesses da maioria. Este conselho começa a pôr em prática os programas bolchevistas, decretando o fim de hostilidades na guerra, da propriedade privada e promovendo a nacionalização dos bancos e empresas.

Com a tomada do poder pelos bolcheviques, a Rússia dava os primeiros passos no sentido da formação de um novo regime. No entanto, nos primeiros momentos de sua formação, eclode uma guerra civil desencadeada por setores interessados na restauração do antigo regime e inicia-se a intervenção de forças militares da França, Grã-Bretanha, Estados Unidos e Japão que pretendiam a derrubada dos bolcheviques do poder.

A guerra civil
Quando os socialistas assumiram o poder, a burguesia não concordou e iria tentar assumir o poder novamente. Partidários do czarismo, capitalistas e inimigos dos bolcheviques formaram o Exército Branco para acabar com a revolução. Trotsky foi nomeado Comissário do Povo para a defesa, começando, então a organizar imediatamente o Exército Vermelho para combater o Exército Branco.

Outros países, vendo o perigo que o socialismo representava para as classes dominantes, organizam exércitos para intervir em favor dos Brancos, para vencer os Vermelhos. Franceses, ingleses, japoneses, tchecos, ucranianos e finlandeses lutaram contra o novo Estado Socialista. Em 1921 com a vitória do Exército Vermelho, a guerra civil chega ao fim, enquanto fracassa a intervenção estrangeira. Consolidava-se a Revolução Russa.
Embora o fim da guerra e da invasão estrangeira significassem a consolidação da Revolução, o novo governo teve que enfrentar internamente precárias condições econômicas, herdadas não só do czarismo, mas agravadas pela guerra civil e pela invasão estrangeira, situação que fez aumentar as insatisfações da população. Como forma de reerguer a economia e solucionar os problemas advindos da crise social, Lênin apresentou a Nova Política Econômica (NEP), que encontrou forte oposição, pois alguns bolcheviques temiam que esse projeto reintroduzisse o capitalismo na Rússia. E não era para menos. Consistindo num planejamento estatal da economia, a NEP combinava os princípios socialistas com elementos do capitalismo: a permissão de entrada de capitais estrangeiros na política de reconstrução; a formação de pequenas e médias propriedades rurais; pequenas indústrias privadas poderiam funcionar. O estado controlaria as grandes indústrias, as grandes propriedades rurais e o sistema bancário. Após grandes discussões, a NEP foi finalmente implantada em 1921, vigorando até 1927.
Em 1924, a Rússia foi transformada na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), englobando um grande território e uma diversidade de culturas. O Partido Comunista passou a ocupar os cargos mais importantes, obtendo grande parte do poder.
Após a morte de Lênin, em 1924, o comando da Revolução foi disputado entre os colaboradores mais próximos do líder máximo dos bolcheviques.
(múmia de Lênin)

Hoje sabemos que Lênin tinha uma preferência por Trotsky, mas convalescendo de um derrame, o chefe dos bolcheviques não tinha mais força para fazer prevalecer a sua vontade. A incapacidade física de Lênin deu a Stálin a oportunidade necessária para se tornar o líder da Revolução. Disciplinado, incansável e com boa reputação entre a maioria dos membros do partido (para um bolcheviques significava crueldade e frieza com os inimigos), Stálin não deu à mínima para a preferência de Lênin por Trotsky.
Nos livros didáticos de história essa disputa entre Stálin e Trotsky resume-se aos modelos de revolução que cada um defendia. Leon Trostky era partidário da revolução permanente e imaginava que se a revolução socialista não se difundisse pela Europa o próprio regime na Rússia estaria ameaçado. Stálin, por sua vez, acreditava que antes de tudo era preciso consolidar o socialismo na Rússia para só depois pensar em difundi-lo.
Antes de mandar matar Trotsky no México, Stálin decidiu matá-lo na história. Num exemplo notório do que seria a política bolchevique de fazer sumir da história pessoas ou ideias tidas como inimigas, o camarada Stálin determinou que todos os registros fotográficos onde Trotsky aparecia ao lado de Lênin fossem alterados. Assim, nas fotos oficiais que contavam a história da Revolução de Outubro, Lênin que quase sempre tinha a companhia de Trotsky, aparece nas imagens sem o seu companheiro. Vejam dois exemplos abaixo:

Acima, Lênin discursando em frente ao teatro Bolshoi em Moscou. Repare em Trotsky ao lado do palanque. Abaixo, a mesma foto sem a presença de Trotsky.

Outro exemplo de como Stálin procurou apagar a memória de Trotsky da História. Aqui, o criador do Exército Vermelho está ao lado de Lênin. Veja, abaixo, como essa foto ficou depois das ordens de Stálin.

Com a ascensão de Stálin ao poder em 1928, a NEP foi substituída pela política de Planificação econômica, suspensa às vésperas da Segunda Guerra Mundial, mas retomada em 1946, até os últimos dias de existência da URSS.
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